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sexta-feira, 2 de agosto de 2013

JUDÔ MAIS QUE UM ESPORTE, UMA MANEIRA DE ENCARAR A VIDA.


FOTOS E SLIDE DO PROJETO ESTÃO NOS LINKS ABAIXO.

JUDÔ E A SOCIEDADE

Não há duvidas que a maioria da sociedade, não reconhece a utilidade física e psíquica do judô.

Muitos apenas admiram aqueles que praticam, mas nunca procuram entender o porquê da utilidade pratica na vida cotidiana, pois todos aqueles que começaram a pensar seriamente em suas condições psíquicas e físicas, notaram, que, para um perfeito equilíbrio do homem moderno, há necessidade de uma educação física constante e eficaz.

Um garoto que pratique um esporte metodicamente, com o fim de alcançar um objetivo posterior, terá a sua mente voltada para algo que depende de seu próprio esforço e que a conquista de algo útil a si e a sociedade no meio esportivo, é algo que não pertence à maioria e que fazer algo de bom para seu corpo físico, não é apenas satisfazer os apetites instintivos, e sim treiná-los para viver com saúde despreocupado com os problemas de adiposidade, raquitismo e emoções negativas, tão comuns na sociedade atual.

Aquele, que estiver, no caminho do judô, cedo entenderá que toda maquina requer um cuidado especial de seu manipulador, para um perfeito funcionamento, e que nosso corpo físico também é uma maquina que necessita de todo cuidado, desde a alimentação natural e sadia ao treino físico, para que ele possa dar um rendimento acima do comum.

Tudo tem uma finalidade em sua própria existência, mas poucos compreendem aquilo que tomam conhecimento através da vida. Com o saber real do treino adquirimos força e agilidade para enfrentar com mérito as dificuldades da vida e aumentar o saber, usando a teoria do bom na prática de um esporte, que, além disso, é uma defesa não só contra agressões físicas, mas também psíquicas. 

A PSICOLOGIA E O JUDÔ

O funcionamento do corpo psíquico do homem, não é tão simples como parece ser, e sua utilidade no caminho do judô, não é reconhecida por muitos professores, pois eles próprios o desconhecem.

O homem é dividido interiormente em 7 (sete) partes psíquicas, mas no caso só nos interessam 5 (cinco).

Estas partes são chamadas de centros:

1- Centro intelectual é à parte que cuida do pensamento e tudo com ele é relacionado.
 2- Centro emocional, como já explica o nome, é á parte onde se manifestam as nossas emoções: alegrias, tristezas, rancores, paixões, etc.
3- Centro instintivo é onde se manifesta tudo aquilo que é inato do homem, como a visão, o olfato, o paladar, o tato e a audição.
4- Centro sexual.
5- Centro motor, no momento, é o que mais interessa, pois praticando o judô, agimos diretamente neste centro, através dos treinos dos golpes em UCHIKOMI, (entrada simulada).

O centro motor de uma pessoa é à parte que cuida dos movimentos aprendidos, desde a infância, quando aprendemos a andar, pegar as coisas e nos movermos de um modo geral.

Estes movimentos são muito mais rápidos, quando não são regidos pela parte intelectual da pessoa.

Os movimentos intelectuais são aqueles que raciocinamos, como fazê-los, citamos como exemplos, os movimentos que temos de aprender, ao dirigirmos um carro, uma bicicleta, etc. depois de certo tempo, quando os

movimentos já se tornam automáticos e não precisamos mais raciocinar para fazê-los, eles passam a ser comandados pelo centro motor, deixando de ser regido pelo centro intelectual.

Durante o treinamento simulado do judô, dentro da parte psíquica, vai-se desenvolvendo a parte motora, até chegar o ponto em que o intelecto não é mais necessário. Quando isto acontece, o lutador estará desenvolvido tecnicamente, pois enquanto racionar para lutar, não estará fazendo uso da parte motora, que é muito mais veloz.

O corpo físico do lutador, durante os treinos adquire músculos nas partes necessárias para o emprego da força, durante a execução do movimento motor, que treinado se torna um técnico.

Estas duas partes formam o homem, devem ter a mesma utilidade, ou seja, ambos devem ser treinados, os músculos e o centro motor. Por estes motivos, que os treinos constantes, levam o lutador a adquirir força e técnica, pois a execução de golpes dados a uma maneira certa e constante equilibra a parte motora com a física.

OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL
  • Apresentar o esporte olímpico judô como uma das formas de prática da educação física com a finalidade de alcançar à serenidade, disciplina, a tranquilidade mental e a autoconfiança além de servir como veículo para o desenvolvimento pessoal. Fazer com que as crianças e adolescentes usem as técnicas de defesa pessoal preventiva para ser utilizadas no seu meio social.

OBJETIVO ESPECÍFICO

  • Desenvolver sua autoconfiança e discipliná-los no meio social.
  • Ensinar técnicas de defesa pessoal preventiva.
  • Ensinar técnicas e modos de saudação na linguagem japonesa.

HISTÓRIA DO JUDÔ
                                
            Ela é de conhecimento geral. Apenas a origem e crescimento do Jiu-Jítsu continuam cobertos por um véu intransponível. Sabe-se apenas que o Judô derivou do Jiu-Jítsu. Mas qual foi a origem do Jiu-Jítsu.

DUAS LENDAS

            No inicio havia duas lendas, transmitidas de boca em boca durante milênios. Conta uma dessas lendas que, certa vez, um menino chinês, de nome Li-Tei-Feng, observou assustado como, durante uma grande tempestade, as maiores árvores eram arrancadas e os galhos mais grosso dobrados. Salvou-se apenas uma pequena arvorezinha. Ela simplesmente inclinou sua copa até o chão. Mas quando a tempestade parou de arrasar tudo na sua frente, a arvorezinha levantou a copa e estava lá, tal como, dantes.

            O local desta lenda, em algum lugar no centro da China, ainda hoje é considerado o local de nascimento do principio Judô “Ceder para Vencer”. Outra lenda, de tradição japonesa, fala de um salgueiro e de uma cerejeira no inverno. Os galhos da cerejeira quebravam tal fósforo sob o peso da neve, enquanto que o salgueiro, flexível, cedia, fazia a neve escorregar e não lhe dava chance de pressioná-lo. Outra vez o mesmo principio “Ceder para Vencer”. Pode ser que essas duas ocorrências apadrinharam, em algum lugar, alguma época e de alguma forma, realmente o aparecimento e desenvolvimento do Jiu-Jítsu. Mas não existem provas de que realmente foi assim a referência mais verossímil sobre a possível origem do Jiu-Jítsu menciona que há mais ou menos 2.500 anos chegou ao Japão vindo da China, uma arte marcial que se baseava em arremessos e chaves que deram origem a uma luta denominada Nomi. Depois de inúmeras adaptações à proporção física do povo japonês essa arte evoluiu para métodos próprios e passou a ser conhecida por Jiu-Jítsu.

            O Jiu-Jítsu é uma das modalidades de artes marciais mais completas  do Brasil graças ao esforços da família Gracie que o aprendeu graças a um dos patriarcas da família, Carlos Gracie.

QUEM FOI JIGORO KANO
Jigoro Kano, que era pequeno e fraco por natureza, começou a praticar o jiu-jítsu aos 18 anos pelo propósito de não ser dominado por sua fraqueza física. Ele aprendeu atemi-waza (técnicas de percussão), e katame-waza (técnicas de domínio) do estilo jiu-jítsu Tenjin-shin-yo Ryu e nague-waza (técnicas de arremesso) do estilo de jiu-jítsu Kito Ryu. Baseado nestas técnicas ele aprofundou seus conhecimentos tomando como base a força e a racionalidade. Além disso, criou novas técnicas para o treinamento de esportes competitivos, mas também pelo cultivo do caráter. Adicionando novos aspectos ao seu conhecimento do tradicional jiu-jítsu o professor Kano fundou o Instituto Kodokan, com a educação física, a competição e o treinamento moral como seus objetivos. Com o estabelecimento do dojô Kodokan, em 1882, e com nove alunos, Jigoro Kano começou seus ensinamentos do judô. O texto do estudioso japonês Yoshizo Matsumoto mostra os conceitos iniciais deste esporte e os seus objetivos.
JUDÔ NO BRASIL
Em 1904, Koma ao lado de Sanshiro Satake, saiu do Japão. Seguiram então para os Estados Unidos, México, Cuba, Honduras, Costa Rica, Panamá, Colômbia, Equador, Peru (onde conheceram Laku, mestre em jiu-jítsu que dava aulas para a polícia peruana), Chile, onde mantiveram contato com outro lutador, (Okura), Argentina (foram apresentados a Shimitsu) e Uruguai. Ao lado da tropa que a eles se juntou nos países sul-americanos, Koma exibiu-se pela primeira vez no Brasil em Porto Alegre. Seguiram depois para o Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Recife, São Luís, Belém (em outubro de 1915) e finalmente Manaus, no dia 18 de dezembro do mesmo ano. A passagem pelas cidades brasileiras foi marcada apenas por rápidas apresentações. Por sua

elegância e semblante sempre triste, Mitsuyo Maeda ganhou o apelido de Conde Koma durante o período que ficou no México. A primeira apresentação do grupo japonês em Manaus, intermediado pelo empresário Otávio Pires Júnior, em 20 de dezembro de 1915, aconteceu no teatro Politeama. Foram apresentadas técnicas de torções, defesas de agarrões, chaves de articulação, demonstração com armas japonesas e desafio ao público. Com o sucesso dos espetáculos, os desafios contra os membros da equipe multiplicaram. Entre os desafiantes, boxeadores como Adolfo Corbiniano, de Barbados, e lutadores de luta livre romana como o árabe Nagib Asef e Severino Sales. Na época Manaus vivia o "boom" da borracha e com isso as lutas eram recheadas de apostas milionárias, feitas pelos barões dos seringais. De 4 a 8 de janeiro de 1916, foi realizado o primeiro Campeonato de jiu-jítsu amazonense.
O campeão geral foi Satake. Conde Koma não lutou desta vez, ficando apenas com a organização do evento. No dia seguinte (09/01/1916), o Conde, ao lado de Okura e Shimitsu, embarcou para Liverpool, na Inglaterra, onde permaneceram até 1917. Enquanto a dupla permaneceu no Reino Unido, Satake e Laku seguiram lecionando jiu-jítsu japonês aos amazonenses no Atlético Rio Negro. E os mestres orientais continuaram vencendo combates a que eram desafiados. Até que em novembro de 1916, o lutador italiano Alfredi Leconti, empresariado por Gastão Gracie, então sócio no American Circus com os Irmãos Queirollo, chegou a Manaus para mais um desafio. Satake que estava adoentado cedeu seu lugar para Laku, sendo este derrotado por Leconti. Sataki, em recuperação, seria o próximo adversário do italiano, mas devido a brigas geradas por ocasião do combate entre Laku e o desafiante, o delegado Bráulio Pinto resolve proibir outras lutas na capital amazonense.
Em 1917, de volta ao Brasil, mais especificamente em Belém, e tendo ao lado sua companheira, a inglesa May Iris Maeda, Conde Koma ingressa no American Circus onde conhece finalmente Gatão Gracie. Em novembro de 1919, o Conde retorna a Manaus, agora na condição de desafiante de seu amigo Satake. Foi então que aconteceu a única derrota de Koma em toda sua carreira. Na biografia anterior diziam que ele nunca havia sido derrotado. Então

ele volta para Belém e em 1920, já com a crise da borracha, é desfeito o American Circus. Com isso, Mitsuo Maeda embarca novamente para a Inglaterra. Em 1922, regressa como agente de imigração, trabalhando pela Companhia Industrial Amazonense e começa a ensinar judô aos belenenses na Vila Bolonha. No mesmo ano, seu ex-companheiro Satake embarca para a Europa e nunca mais se tem notícias do grande mestre. Conde Koma continuou em Belém, falecendo em julho de 1941. Carlos e Hélio Gracie, filhos de Gastão seguiram atuando no jiu-jítsu, modalidade que aprenderam com Koma no circo do pai. Isso, depois que a arte marcial já estava definitivamente implantada em Manaus pelos membros da tropa de Koma, principalmente Sanshiro "Barriga Preta" Satake.

DO JIU-JÍTSU AO JUDÔ

O sistema de jiu-jítsu de Jigoro Kano é o mesmo que, ainda hoje, é ensinado nos países do Ocidente e é considerado bem moderno muito embora Kano tivesse passado, após poucos meses do perigoso jiu-jítsu para o esporte suave Jiu-Do (hoje Judô – o caminho suave). Em primeiro lugar, ele não via qualquer valor educativo no violento jiu-jítsu; este sistema de defesa nem era enquadrado para duelos na esteira, e finalmente ele não achou belo e nem elegante seus movimentos. Enfim: Kano eliminou todos os golpes perigosos do jiu-jítsu e incorporou no novo Judô apenas alguns golpes e jogadas no chão.

A partir daí o novo Kano-Judô tornou-se cada vez mais popular. Logo ele conquistou o Japão inteiro. Jigoro Kano fundou, em 1886, a maior academia de Judô, Kodokan, que existe ainda em Tókio, embora bastante modernizada. O Kodokan é considerado, hoje em dia, o Mecca doa fãs do judô do mundo inteiro. Quando os praticantes de judô fazem o seu Kotau diante do oponente durante o treino, este significa ao mesmo tempo uma homenagem ao grande princípio do Judô de Kano. Na época, um número cada vez maior de colaboradores juntou-se a ele, atraídos principalmente pelo princípio moral que serviria de fundo para este esporte.

VITÓRIA DO JUDÔ SOBRE O JIU-JÍTSU

            O maior êxito foi alcançado pelo Judô quando os alunos de Kano enfrentaram conservadores lutadores de jiu-jítsu e venceram espetacularmente. Isto aconteceu em 1890, ano da grande decisão entre a Escola Totsuca de jiu-jítsu e o Kodokan. Treze alunos do Kodokan obtiveram vitórias nítidas e apenas dois empataram.

INTRODUÇÃO À LINGUAGEM JAPONESA
            Utilizam-se os termos japoneses da técnica de Judô pelos seguintes motivos:
a)    Por não existirem no idioma português palavras que descrevem o termo Judô  de maneira uniforme e precisa;
b)    Porque a língua técnica japonesa de judô tem aplicação em todos os cursos, estágios, provas para faixas e competições;
c)    Porque ela é universal, utilizada no mundo, portanto compreendida em qualquer lugar;
d)    Porque através dela todos os praticantes de judô, independente do seu país de origem, podem se comunicar;
e)    Porque também os juízes se comunicam através dos termos japoneses. Na língua japonesa, todas as sílabas têm a mesma acentuação. Todas as vogais (a, e, i, o, u) são pronunciadas isoladamente. Há vogais longas e há vogais curtas. Quando uma vogal segue outra, elas são pronunciadas isoladamente. Ex. Osae = Osa-e, ou Meiji = Me-iji. As consoantes se pronunciam como se escrevem. Nunca se diz, por exemplo: DE-ASHI-HARAI; o “H” só é colocado no começo da palavra. Ex: HARAI-GOSHI: mas no meio de uma sequência de palavras vira “B”, como em GEDA-BARAI. O mesmo se aplica em G e K. no começo da palavra escreve-se ”K”,como em KOSHI-GURUMA, mas dentro de uma sequência de palavras “G”, como em UKI-GOSHI.

Kimono para a roupa usada no judô ou no karatê. Kimono. KIMONO no Japão é vestuário doméstico; o uniforme de luta chama-se Judogi.
O japonês não usa “S” no final para forma um plural de uma palavra. Omite-se pois este “S” no plural: o judoka, os judokas.
Há casos de duas ou até três maneiras de escrever um mesmo termo em japonês, Ex: HIZI ou HIJI = cotovelo. A causa disso é a irregularidade na pronuncia japonesa, mas também há diferenças nos diversos sistemas de latinização do alfabeto japonês.
A transformação do alfabeto japonês, tôo em desenho, para o alfabeto de caracteres latino foi feita baseada na fonética inglesa.
O acento na língua japonesa, não é rítmico como nas línguas européias, mas melódico, que mau da para perceber. O melhor procedimento será de tentar pronunciar as palavras e expressões em tom uniforme. Ex: TO-KYO e não TOKY-O.

METODOLOGIA APLICADA

            Aplicamos três metodologias diferentes nas aulas de judô realizadas no Orfanato Instituto Cristo Rey. Fizemos da seguinte forma, pegamos todas as crianças que estavam no orfanato dividimos em três turmas de 5 a 9 anos de idade, 10 a 15, e o grupo feminino. Insistimos para que as meninas participassem das aulas junto com os meninos para que não houvesse distinção de sexos dentro do treino de judô, mas elas optaram por um grupo próprio.
            Ao chegarmos com as placas de tatames a sede deles em se divertir foi tanta que quando nos deparamos o tatame já estava montado, não tivemos tempo nem de filmar ou fotografas as crianças montando os tatames, neste momento vimos o quanto eles estavam ansiosos pela aula de judô. Mostramos a eles o JUDOGI, roupa usada para treinos de judô, conhecida popularmente como KIMONO e as duas ultimas faixas do judô que é a marrom e a preta.
           
TURMA DE 5 A 9 ANOS

Iniciamos a nossa aula com as crianças de 5 a 9 anos de idade, explicamos de uma forma bem rápida como o judô nasceu contando duas historinhas. Com esta turma desenvolvemos um aquecimento de forma bem divertida e alguns momentos lúdicos, como no aquecimento do siri e as corridas de meia volta comandada por um grito e elogiamos constantemente o desempenho de cada um deles. Depois de aquecer os membros superiores, inferiores, peitoral e costas, foi feita uma breve corrida em volta do tatame, pau-de-chinelo e um leve alongamento.
            Já partindo para a metodologia de aprendizagem do judô ensinamos como entrar, permanecer e sair do tatame, sempre com ética e disciplina estas duas foram ás palavras que mais usamos para chamar atenção deles e ética e disciplina falávamos constantemente para que eles soubessem que o judô pode ser divertido e ao mesmo tempo lhes exigindo educação e respeito ao praticarem a arte.
            Eles aprenderam as técnicas de queda no judô e os rolamentos conhecidos como UKEMI, após aprenderem a cair de frente e de costas eles aprenderam uma técnica de projeção chamada SEOI-NAGE, que eu considero a técnica de base para todas as outras e outra técnica básica de que é utilizada as pernas e o O-SOTO-GARI as crianças aprenderam a se movimentar no tatame e viram a importância de não andar cruzando os pés no tatame durante o treinamento, com este erro pode transformasse em um vício, podendo perder até em competições importantes, nas contagens das repetições das técnicas ensinamos aos garotos a contagem japonesa e alguns dialetos em japonês.
            Encerramos o treinamento infantil com a volta a calma, deitamos todas as crianças no tatame, pedimos para que elas fechassem os olhos e refletissem sobre a vida e coisas que elas gostariam muito que acontecessem em suas vidas, neste momento falamos a importância que o judô terá em suas vidas, mas colocamos que o estudo, a escola e a educação é algo que eles tem que ter como prioridade em suas vidas, pois a educação é a base de tudo. Neste processo de relaxamento citamos o quanto Deus e Jesus são importantes na vida de todos nós e se queremos algo temos que pedir primeiramente a Deus e Jesus.
            Com esta metodologia de ensinar um esporte e uma arte como o Judô que exige bastante disciplina e respeito e que sem Deus e Jesus não somos e não teremos nada na vida, estas são as únicas formas que nós conhecemos no momento para afastar os jovens das drogas e da prostituição.

TURMA DE 10 ANOS EM DIANTE       

            Estas turmas de 10 anos em diante formadas por garotos com concentração mais aguçada realizaram uma aula mais aprofundada, falamos sobre a história do judô no Japão e no Brasil, também sobre a vitoria do judô em cima de outras artes marciais, mas de uma forma bem básica onde todos poderam praticar e desenvolver as técnicas sem nenhuma dificuldade. Fizemos um aquecimento mais sério iniciamos com cinco minutos de corrida em volta do tatame, depois realizamos um alongamento, a todo o momento usávamos a linguagem japonesa durante o treinamento.
            Ensinamos técnicas de rolamento e queda, em seguida mostramos a técnica SEIO-NAGE e corrigimos alguns pequenos erros, depois eles realizaram com mais perfeição a técnica de O-SOTO-GARI, repetimos varias vezes até aperfeiçoar os movimentos, realizamos uma mini-competição quem derrubava o seu parceiro com a técnica de o-soto-gari, os garotos curtiram muito o clima de competição, neste momento nós avaliamos o nível de conhecimento, atenção, concentração além do desempenho das técnicas, neste momento já avaliamos quem daria jeito para levar o judô em frente á sua vida.
            Por último realizamos a volta à calma fazendo-os refletirem positivamente sobre suas vidas, seus objetivos e suas realizações, seus desejos e trabalhamos sua fé como cristão.

GRUPO DAS MENINAS

            Para o grupo feminino foi ministrada uma aula voltada mais para a vaidade da mulher, foi esclarecido que o judô não é uma arte apenas para meninos, e que muitas meninas treinam junto com meninos e existem grandes mulheres que se destacam dentro do judô não só no Brasil, mas aqui dentro de fortaleza também. Elas ficaram cientes que o judô deixa o corpo feminino mais bonito e durante a prática elas adquiram autoconfiança. Iniciamos um aquecimento e em seguida um alongamento.
            A metodologia aplicada no treino feminino foi a mesma que usamos no treino dos garotos de 10anos em diante. Só não realizamos a mini-competição, porque as meninas não se desenvolveram o mesmo nível dos garotos. Mas todas as técnicas que levamos ate elas, foram realizadas com bastante êxito.
            Também realizamos as técnicas de volta à calma e relaxamento mental.
            Já no final do treino reunimos todas as crianças para uma conversa, onde falamos a importância dos cuidados pessoais, ou seja, defesa pessoal preventiva tais como: cuidado ao atravessar a rua, ter cuidado com suas coisas materiais como os brinquedos, roupas e outros, o que fazer se um dia se perder na rua, enfim, apresentamos vários meios de defesa pessoal preventiva para crianças.
            Apresentamos um vídeo em desenho animado que mostra um pouco sobre como eles poderiam conquistar suas coisas, isto através do lúdico que o desenho animado nos mostrou, em seguida apresentamos uma compilação de vídeos de atletas profissionais lutando judô.
           

CONCLUSÃO
Concluímos aqui mais um projeto e plantamos mais de 50 sementes e fizemos alegria de mais de 50 crianças em um dia, começamos a trabalhar com seriedade desde o início desse projeto que batizamos com o nome de “Judô, mais que um esporte uma maneira de encarar a vida” que sempre muito comentada pelo SHIHAN GARCIA FAIXA VERMELHA E BRANCA do judô.
Durante a aula de judô percebemos que muitos ali têm jeitos para se tornarem grandes atletas de níveis incomparáveis.
Com a aplicação dessas aulas no Orfanato adquirimos bastante experiência, pensávamos que nós seriamos os professores nesta jornada de realizar um trabalho social, mas os melhores professores foram as crianças e adolescentes daquela instituição que nos fez repensar o tão precioso e nossa vida e nossa família.
Estamos com um projeto firmado para continuar com aulas de judô no Instituto e de lá formaremos não apenas atletas mas sim grandes homens e mulheres.

PRINCÍPIOS DO JUDÔ
Conhecer-se é dominar-se, dominar-se é triunfar
Quem teme em perder já está vencido
Somente se aproxima da perfeição quem a procura com constância, sabedoria e, sobre tudo,humildade
Quando verificares, com tristeza, que nada sabes, terás feito teu primeiro progresso no aprendizado
Nunca te orgulhes de haver vencido um adversário. O que venceste hoje poderá derrotar-te amanhã. A única vitória que perdurá é a que se conquista sobre a própria ignorância.
O judoca não se aperfeiçoa para lutar, luta para se aperfeiçoar.
O judoca é o que possui inteligência para compreender aquilo que lhe ensinam e paciência para ensinar o que aprendeu a seus companheiros.
Saber cada dia um pouco mais, e utilizá-lo todos os dias para o bem, é o caminho do verdadeiro judoca.
Praticar o judô é educar a mente apensar com velocidade e exatidão, bem como ensinar ao corpo a obedecer corretamente. O corpo é uma arma cuja eficiência depende da precisão com que se usa a inteligência.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Velte, Herbert. Dicionário de termos técnicos de judô. 1ªEd. Rio de Janeiro,  Editora Technoprint S.A., 1989.
Judô, Federação Cearense. Apostila Técnicas para Promoção de Graus. 2004



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